Hoje é um Bom Dia

Testando essa porra aqui.

Vamos ver se isso aqui oferece tanta função bacana  quanto prometem.

novembro 5, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Estava eu no trabalho tranquilamente cutucando meus dentes pra remover pedaços de frango quando senti uma textura estranha, dura, entre os dois dentes. Mexi e remexi até finalmente extrair o objeto estranho.


Aparentemente um dos meus dentes trincou e três pedacinhos caíram. Um deles claramente obscurecido por algum estágio avançado de cáries. Ou seja, estou fodido? Já aconteceu isso com alguém aí antes?

Merda, nem lembro a última vez que fui a um dentista. Isso aconteceu há uns 10 anos no mínimo.

outubro 24, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Tenho um desafio pra vocês. Essa aqui só vale pros vagabundos dentre vocês que realmente lêem alguma coisa além de blogs e suas listas de discussão sobre câmeras digitais.

Estou pensando num determinado livro, e quero saber se vocês conseguem descobrir de que livro estou falando através de uma descrição da trama.

Este livro tem como personagem principal um simbologista americano, que se vê subitamente envolvido na investigação do assassinato de um proeminente intelectual. A morte não foi convencional, uma vez que o pobre defunto teve seu corpo coberto por sinais de mutilação. Os símbolos no corpo do cadáver ajudam o tal simbologista a desvendar a trama (não sem a ajuda de uma familiar do morto, que por sinal teve seu interesse despertado na área de estudo de sua figura paterna graças à influência desta): uma antiga irmandade secreta que muitos acreditavam ser fruto de teorias conspiratórias está movendo-se contra a religião organizada ocidental, e cabe ao tal simbologista desvendar códigos secretos e pistas escondidas pra localizar a chave do problema. Um dos antagonistas é um assassino contratado por um homem desconhecido com intenções duvidosas. A propósito a trama do livro foi recentemente adaptada em um roteiro cinematográfico estrelando Tom Hanks.

Pensou que eu estava descrevendo Código da Vinci, né? Não. A sinopse acima é do Angels and Demons, a prequel (existe palavra em português pra “prequel”?) do Código da Vinci. A única diferença é que a versão cinematográfica do Angels and Demons ainda não está em cartaz.

Eu finalmente tomei coragem pra ler Angels and Demons, que esteve sentado na minha prateleiras há meses desde que a namorada roubou de algum amigo lá de Ontario. Minha ADD dificulta bastante me concentrar por mais de quinze segundos na mesma tarefa, um dos pré-requisitos pra ler um livro (ou atualizar um blog com frequência, perceba que minhas desculpas se tornam mais elaboradas a cada atualização do blog), mas tendo 8 horas livres por dia e sendo pago pra isso, me distrair lendo alguma coisa se torna não apenas um passatempo mas um exercício em manter minha sanidade.

E olha só, eu bem que gosto dos temas abordados pelo Dan Brown. Sério mesmo, essas tramas montados ao redor de uma pitadinha de lições de história com doses cavalares de interpretações livres do autor é como cocaína pra mim, eu leio tudo avidamente. O problema é que alguém poderia explicar pra esse filho da puta que escrever dois livros IDÊNTICOS, um sendo continuação do outro, não dá pra passar despercebido. Até mesmo o seu adolescente retardadinho padrão (que apesar de jamais se dar ao luxo de ler livros mas sim esperar a inevitável adaptação holywoodiana, insiste que “o livro era melhor”), após assistir os primeiros cinco minutos de Angels and Demons, perguntará a si mesmo “mas ei, não era assim que Código da Vinci começava?” Se você nunca leu o A&D, o livro começa com um cientista do CERN fugindo de seu assassino, que insiste que ele lhe entrege alguma coisa, e em seguida o mata. Aí alguém liga pro Langdon e o chama pro local do crime, tornando-o parte da confusão. Só faltava acusarem o cara de ser o culpado pela morte do outro, igual no Código da Vinci.

Eu cocei a cabeça e pensei “porra, o cara só sabe começar livro desse jeito…?” Continuei lendo pra ver se as semelhanças morreriam aí.

Não foi o caso. Assim como em Código da vinci, o assassino também não conhece o cara que o contratou (o que começa a me cheirar a um plot twist igualzinho ao do Código da vinci, o que não será exatamente uma surpresa a esta altura do campeonato). Langdon se move de um ponto histórico pra outro seguindo pistas na forma de obras de arte e poemas relacionados à religião católica, sempre levando junto a menina que é parente do defunto. Há até a figura do policial filho da puta que só atrapalha tudo. Sério, um livro é IDÊNTICO ao outro, e eu tou curiosíssimo pra saber como vão adaptar o roteiro pra fugir da previsível crítica de que um filme será essencialmente uma cópia do outro.

Brown não pode nem escapar com a desculpa de que é “a temática dele”. Michael Crichton, que é outro autor que se repete bastante em alguns detalhes (particularmente bem mais irritantes, como a constante presença de crianças de 11 anos que são gênios da computação, a forma com que quase todos os capítulos dos livros terminam com alguém desmaiando, e o fato de que 95% dos personagens principais dos livros dele são médicos, refletindo a área profissional do próprio autor), não comete esse mesmo erro de repetir a trama inteirinha. O tema presente nos livros do Crichton é “ciência fora do controle” – Homem Terminal, Jurassic Park, Linha do Tempo, etc -, mas ele sempre os aborda de formas diferentes. E no caso do excelente Esfera por exemplo, ele abandona o tema totalmente e faz um thriller sci fi bastante intrigante. Com Tom Clancy é a mesma história, o cara só fala sobre o mundo militar de operações especiais e espionagem, mas um livro trata de assuntos bastante distintos, com execução bastante diferente.

Já o tema do Dan Brown – conspirações relacionadas a religião e simbologia religiosa – se desenrolam da mesma forma. Alguém é morto por um personagem envolvido na conspiração, e várias pistas são deixadas pra trás na forma de edifícios religiosos e peças artísticas, permitindo Robert Langdon chegar até o final e desativar a situação.

Não é nem que o livro seja ruim. Eu até gosto do tema que o Dan Brown aborda, já que me interesso particularmente por religião e história, e quem não gosta de uma boa teoria conspiratória? O problema é que um livro é essencialmente a mesmíssima coisa que outro. O começo é praticamente a mesma coisa – nego morre, aparecem símbolos no cara, Langdon é chamado à cena, aparece a filha/neta do sujeito, o assassino enquanto isso sai matando mais neguim por aí, e daí os dois personagens principais passeiam pela Europa achando mais símbolos, poemas, pistas, etc e parará.

E, como eu falei, o andar da carruagem sugere a uma reviravolta de trama IDÊNTICA ao do outro livro, também.

outubro 20, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Continuando a série “meu deus, Kid cresceu”, hoje reporto feliz que recebi meu primeiríssimo cartão de crédito, uma semana após ter aplicado pro crédito. A primeira vez que tentei pegar um cartão de crédito eu fui negado, mas de lá pra cá meu salário aumentou vertiginosamente e dessa vez os deuses do dinheiro de plástico aceitaram minhas súplicas e enviaram um Master Card novinho aqui em casa.

E podem se acalmar que eu não sair por aí gastando alopradamente como 98% dos moleques novos que se vêem portadores do seu próprio cartão de crédito pela primeira vez fazem. A única coisa que planejo jogar nessa porra é meu sofá novo, que provavelmente me custará exorbitantes 1000 dólares (nem sei quanto um sofá custa no Brasil então de repente nem é tão caro assim), e ainda assim vou dar uns 300 dólares de entrada pra que minha conta no final do mês seja na casa dos três dígitos e eu não destrua meu cartão de puro medo.

O problema é que o DVD especial de Transformers, completo com livrinho, disco duplo, bonequinho e outros badulaques, chegou hoje na Best Buy. Recebo meu primeiro cartão de crédito no mesmo dia que um dos filmes mais esperados da minha infância chega nas lojas. Coincidência?

Alternativamente – Call of Duty 4 sai no dia do meu aniversário, e agora eu tenho um cartão de crédito. Coincidência?

Eu acho que não.

outubro 16, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Olá meus queridos vagabundos! Por favor perdoem minha ausência. Como alguns de vocês devem estar sabendo, finalmente criei vergonha na cara e sai da casa dos meus pais. Estou a duas semanas, ou talvez um pouco mais, nem lembro, morando por conta própria com a namorada. A casa ainda tá meio vazia, porque estou economizando a grana pra comprar sofá, TV nova, etecétera e tal. Eu poderia comprar agora mas não quero fazer como na primeira semana aqui, quando eu tive que pagar o aluguel, contas e fazer compras e acabei tendo que passar o resto da semana com cem dólares no bolso. Melhor aguentar um tempinho dormindo com o colchão no chão e uma TV nojenta 32″ tubão do que comprar tudo logo de cara e ter que contar os centavinhos pra almoçar no trabalho todo dia.

Falando em trabalho, acho que nem mencionei que fui promovido. Recebi um aumento muitíssimo bem vindo e agora sou um dos controladores da sala de vigilância, ou seja, eu passo oito horas vendo câmeras de vídeo e jogando Commandos no laptop, pausando o jogo aqui e ali quando bate um peso na consciência e resolvo dar uma olhadinha nos monitores pra ter certeza que nenhum terrorista está instalando bombas nas paredes do prédio. A propósito, essa nova posição de voyeur profissional me permite flagrar momentos sensacionais que de outra maneira estariam pra sempre perdidos no gigantesco banco de dados do tribunal. Como este, por exemplo:


Mas eu não passo o tempo inteiro lá jogando Settlers ou Commandos, não. Ontem por exemplo eu assisti Live Free or Die Hard*, cortesia do outro moleque que trabalha comigo. Ele é um entusiasta de torrent e tem todos os filmes DO MUNDO no notebook dele, incluindo mas não limitado à obra de arte do Sr. Willis.

Passei os últimos dias roubando internet do vizinho, mas o sinal wifi diluído por várias paredes torna a experiência online deprimente, e essa é a minha desculpa por não ter atualizado o blog esses dias. Depois de lutar contra o meu novo router e finalmente estabelecer a conexão internética daqui de casa, terei mais paciência pra continuar as atividades bloguísticas.

*Tudo enquanto mantinha a câmera N-804 firmemente fixada na prostituta que fazia ponto três quarteirões abaixo, trajando uma indumentária que não deve ter requerido de sua costureira muito mais que 10 centímetros quadrados de lycra pra fazer. Sim, o zoom das câmeras é realmente foda, e todos os seguranças do tribunal agradecem a deus por isso.

outubro 14, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Aê putaiada, me dêem licença porque aqui vamos com mais um dossiê sobre uma grande personalidade da comunidade tupiniquim! A última vez falamos sobre o grande pensador que é o Senhor Doutor Alborgheti. Vamos trocar de marcha e passar pra um outro ramo de celebridades – as celebridades não-intencionais.

A estrela do artigo de hoje é ninguém menos senão a célebre Maria da Graça Melo. O nome talvez não arranque reações de reconhecimento, mas eu te garanto a você já se masturbou pra ela em pelo menos três ocasiões distintas. O que significa que você é um sujeito muito mal educado, afinal etiqueta insiste que você ao menos saiba o nome do objeto da sua afeição onanística. Deixarei a fotografia da moça falar por si mesma.


Maria da Graça Melo, sem dúvida uma respeitável moça de família e de forma alguma uma vadia ordinária da mesma classe daquelas que aceitam dinheiro pra realizar atos sexuais, se tornou famosa em meados de 2004 se a memória não me falha.

A história é trágica – a moça, que aparentemente é uma advogada*, deixou seu computador aos cuidados de uma empresa de informática pra “consertar uns probrema aí”. Acontece que ela esqueceu que havia armazenado nele aproximadamente 800 terabytes da mais pura e refinada pornografia amadora, coisa fina mesmo, do tipo que técnicos em informática sequer ousam sonhar em um dia achar enfurnado nos cantos mais obscuros de um hard drive (geralmente pertinho do C:\Program Files\Microsoft Office\Netmeeting\898939\User Config\NOT PORN\SERIOUSLY THERE ARE NO PICTURES OF MYSELF NAKED IN THIS FOLDER\PLEASE DONT PUT THESE ON THE INTERNET MY PARENTS MIGHT FIND OUT).

Aliás, sintetizando a história assim em uma parágrafo eu percebo que a história não é trágica coisa nenhuma, e sim cômica. Em questão de nanosegundos o responsável pelo achado fez o que a internet foi criada pra fazer e distribuiu as fotos da menina nua ou em estágios variados de semi-nudez pra todas as pessoas que ele conhecia. Até mesmo o Roberval, e veja bem, o Roberval é chato pra caralho.

Piadinhas a parte, é bastante compreensível que as fotos se espalharam com tal velocidade, uma vez que a garota em questão é provavelmente a única mulher no planeta que causaria uma ereção no viado mais baitola de qualquer hemisfério terrestre. Sério, veja os peitos da menina – eles são esferas PERFEITAS. Nem um programa de AutoCAD renderiza formas geométricas com tamanha precisão. Nem as personagens de Dead or Alive, com suas mamas virtuais de 80 centímetros de diâmetro, têm peitos tão perfeitamente redodinhos e tentadores.

Maria da Graça, sendo uma empreendedora nata, aproveitou a fama instantânea e fez o que qualquer pessoa com tino comercial faria – bancou em cima disso. O seu site, que aparenta ter sido feito em 1995 por um primo de 14 anos com Frontpage Xpress (completo com avisos sobre a resolução que promove melhor exibição da página e animação em flash de chamas no pé do site), exibe fotos menos punhetísticas do que as que a fizeram famosa, vai entender. Contrariando qualquer tipo de bom senso, em seu site a aspirante a modelo se lamenta por “ter perdido sua privacidade” – ao mesmo tempo em que cobra visitantes 25 reais por mês para ter acesso a fotografias em que a menina, trajando apenas uma calcinha de lacinho, se debruça em cima de uma bancada.


Sim, eu acordei hoje justamente pensando como poderia abrilhantar meu torneio regional de Yu Gi Oh. Eu adoraria SABER COMO !!!

O que realmente me encanta é a maneira romântica, quase glamorosa, que a biografia do site descreve a presepada. Lá você acha um “Maria já havia feito ensaios sensuais que cativaram muitas pessoas“, o que se traduz aproximadamente pra “servir como material softcore pra punhetas juvenis já era costume pra modelo“. Com um pouco de bom senso, dá pra interpretar que a verdade por trás de “essas se tornaram verdadeiros admiradores da musa, despertando aí muita curiosidade pela sua autencidade e seu estilo muito excêntrico” significa realmente “uma multidão de estudantes secundaristas usando os computadores dos pais escondido durante a madrugada se masturbaram diante fotografias da Maria até que o atrito incessante esfolou seus genitais“. Por sua vez, “Maria resolveu definitivamente dedicar-se a sua carreira de modelo, já que hoje tornou-se praticamente impossível ter uma vida normal e rotineira como tinha a um ano atrás” entre as linhas na verdade diz “já que todo mundo já me viu pelada mesmo, might as well ganhar uma graninha em cima da coisa enquanto tentando fingir que a atividade de vender fotos sensuais na internet carrega algum tipo de dignidade “.

Empreendedorismo brasileiro sem vergonha de melhor qualidade. Maria da Graça Melo certamente merece seu lugar entre personalidades de destaque da cultura brasileira.

*Segundo sua biografia, Maria se formou numa suposta ULBRA, que é sem dúvida uma fundação de ensino superior de valor acadêmico comparável apenas a Harvard ou Yale e de maneira alguma uma faculdade particular de fundo de quintal cujo certificado de conclusão de curso significa um valor inferior ao papel reciclado em que ele foi impresso.

setembro 29, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Chegou minha vez.

E justamente na véspera do lançamento de Halo 3. Haha.

Eu costumava ser meio cético em relação aos relatos de 3RL porque eles costumam vir de nego que faz mil gambiarras no console, que gravam jogos em 20x em mídia porcaria, e que deixam a parada trancafiada em racks hermeticamente fechados. Aí está um Xbox 360 original, travado, que só viu DVDs original na vida, num país em que a temperatura média é consideravelmente baixa, FODIDO.

Obrigado Microsoft!

Vou lá na Best Buy comprar outro rapidinho, peraí.

setembro 24, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário


Acho que não expliquei que tava de viagem, né? Então, tou indo com a namorada – que a essa altura já é uma espécie de noiva não-oficial – visitar familiares (dela) em Ontario.

Então aqui estou, com o notepad aberto a algumas dezenas de milhares de pés de altura. Lá embaixo está o Canadá, um país que supostamente adotou o sistema métrico mas que ainda usa pés pra medir alturas. Ao meu lado, a namorada, que morre de pavor de viagem aérea e já deu umas choradinhas até. As marcas de unha dela no meu braço foram um lembrete de que eu não devo mais sentar do lado dela durante a decolagem. À minha frente, um filho da puta que reclinou a cadeira e reduziu o espaço já minúsculo que aquela bandeijinha na parte posterior das cadeiras oferece; meu laptop está tocando minha barriga e eu digitando estou parecendo um tiranossauro, com os cotovelos encostando na cintura. O que eles não te dizem a respeito da “classe econômica” é que a compania aérea é que parece que tentou economizar no espaço. Atrás de mim, uma garota que eu encarei durante todo o tempo que esperamos no salão de embarque porque eu tenho quase certeza ABSOLUTA que já a vi num daqueles vídeos bastante pornográficos em que uma moça de família realiza ações sexuais com diversos sujeitos simultaneamente, por uma quantia não divulgada mas provavelmente bem pequena de dinheiro e/ou crack.

Como estarei muito ocupado fazendo porra nenhuma do outro lado do país, eu provavelmente não terei muito tempo ou disposição pra atualizar esse espaço virtual aqui com aquelas historinhas pessoais que vocês adoram. Entretanto, eu vou manter uma espécie de diarinho de viagem, com algumas fotografias com legendas sarcásticas e observações diárias a respeito de detalhes irrelevantes.

Ah, sim. Comentei que estou prestes a alugar um apartamentim com o irmão e a mulé? Então, contei agora. Já tou muito velhinho pra continuar dividindo teto com meu pai, e agora que eu descolei um emprego que rende uma verba de respeito então estamos juntando nossos trapos e cuecas e aquário e videogames pra pôr os pés na nova habitação. Já fomos averiguar alguns locais; a primeira casa era horrivelmente deprimente e se localizava num bairro que, pasmem, me lembrava o Brasil de tão pútrido e fodido. Já a segunda residência era bem arrumadinha, e ficava literalmente atrás do maior shopping da região (tipo, atravessa a rua e já tá na calçada de casa), mas em contrapartida o lugar é minúsculo. Procê ter uma noção, a cama do meu irmão não caberia no quarto que seria o dele.

Finalmente achamos um local que se encaixa mais nas nossas necessidades. O aluguel é levemente mais caro, mas sobra espaço, há uma varandinha bacana ligada ao meu quarto, mó luxo. Vai acabar sendo esse mesmo. Assim que eu tiver a grana requerida pra comprar sofá, cama e TV nova, tamos lá.

setembro 17, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário


Você sabe que o sujeito é um homem de caráter quando ele aparece em rede televisiva nacional com uma toalha no ombro

Luiz Carlos Alborghetti, nascido em algum buraco desconhecido do glorioso estado Paraná, foi uma das maiores contribuições do estado à comunidade nacional além da Ponte da Amizade (que permite à classe média brasileira o acesso PS2s contrabandeados com conforto e segurança).

Sua carreira como personalidade semi-famosa que berra na frente de uma câmera de TV começou em 1979, quando o programa Cadeia, uma digivolução do programa de rádio de mesmo nome, estreou nos televisores paranaenses. A marca registrada do apresentador é a exasperação quase efeminada que este exibe quando reporta notícias de natureza violenta. Um estuprador não pode enforcar sua vítima com um cadarço e em seguida atear fogo ao corpo sem que Alborghetti berre, xingue, ataque sua mesa com outros objetos inanimados e sue aproximadamente 20% do seu peso corporal, fazendo da sua toalha um item indispensável da indumentária do apresentador. Em seus ataques de fúria, o apresentador distribuia xingamentos aleatórios a qualquer pessoa levemente associada aos criminosos cujas peraltices ele reportava, e declarava sem cerimônias que sentiria muito prazer em tortura-los pessoalmente. Os xingamentos se estendiam até mesmo pro cinegrafista (amador) do programa, nas frequentes ocasiões em que este não conseguia focalizar a imagem em tempo.

Em 1986 Alborghetti decidiu que esse papo de assar bandido na brasa ao molho madeira fazia muito sucesso com a classe média pomposa que acha que todo e qualquer ladrão de galinhas merece ter seus braços arrancados e cozidos na frente dele, e ele armou sua campanha política pra deputado estadual justamente em cima disso. Ele foi reeleito em 1990, e ao contrário do que se esperava, sua ficha parlamentar indica um inesperado número de 0 bandidos grelhados na chapa.

Em 1992 o Estado do Paraná achou que não era justo manter a posse do humor não-intencional exclusiva aos habitantes da roça paranaense e resolveu nacionalizar o negócio. O Programa Cadeia passou a ser exibido em rede nacional pela CNT, que em retrospecto é a única forma que podemos perdoar o Paraná por anos mais tarde ter lançado o grupo sertanejo Teodoro & Sampaio ao estrelato, levando a insuportável Anna Júlia a infectar outro gênero musical. Muitos acadêmicos no entanto concordam que o country nacional é um estilo que morreu na década de 80 de qualquer forma.

A carreira política de Alborghetti foi consideravelmente desinteressante, o que talvez o tenha permitido achar tempo pra continuar as gravações de seu programa. Em 2002 ele tentou se recandidatar, e perdeu a primeira eleição em quase 20 anos de um histórico político marcado por vitórias nas urnas.

Isso deve ter realmente chateado o cara, porque em 2006 ele achou que xingar as mães de criminosos em rede nacional e incitar a população a linchar qualquer trombadinha que tivesse o azar de esbarrar com um espectador de seu programa não era subersivo o bastante. Assim, Alborghetti lança o CADEIA SEM CENSURA. O programa ficou no ar por míseros seis meses, que foi o tempo que demorou pros patrocinadores perceberem que aquele personagem (que surgiu no finzinho da década de 70, lembrem) tinha ficado chato nos primeiros 4 minutos do primeiro programa.

Sem dinheiro pra pagar as contas do programa, Alborghetti se viu sem outra alternativa a não ser se transformar em uma webernet celebrity. Seu programa é agora estritamente online, e eu ainda não tive a oportunidade de assisti-lo mas se eu entendo alguma coisa sobre progressão aritmética, a essa altura do campeonato o tal programa deve se resumir ao Alborghetti gritando pelado na frente da câmera, arrancando os poucos fios de cabelo que lhe restam, e cagando em cima de photoshops de notórios criminosos sendo imolados em praça pública.

Alborghetti pode não ter sido um político de destaque, provando mais uma vez que é muito mais fácil falar que tá tudo errado do que realmente usar seus poderes pra fazer uma diferença. Mas como apresentador ele fez escola e gerou uma multidão de clones – Ratinho, Leão, Wagner Montes, Datena, etc e tudo mais. Suas contribuições pro ramo do “repórter injuriado” se estendem por três décadas e tornaram seu nome reconhecível em qualquer local da netsfera.

Pra quem ainda não o conhece, os vídeos do cara estão aí à sua disposição no youtube, com títulos que não deixam dúvidas sobre o engajamento do apresentador em temas de importância social inegável, como “Alborghetti versus Emos” ou “Alborghetti e a Madame do Shopping“.

setembro 13, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário

Burrice não tem limites.

Até pro orkut isso é uma retardadice de nível espantoso.

É impressionante. Imagino esse sujeito nua rodinha de amigos no bar, aí de repente ele se vira pros caras e diz “vocês viram o blog do dono da Onde Está Deus? O cara usou a expressão ‘pelo amor de deus’! Simplesmente inaceitável isso, Hipocrisia!”. Aí toma um gole de cerveja, balança a cabeça negativamente com olhar reprovador.

setembro 8, 2007 Posted by | Uncategorized | Deixe um comentário